Para o viajante o destino é o menos importante da Viagem. Viagens por lugares, imagens, palavras e sons...
quinta-feira, 23 de julho de 2015
"Mind Games", Helsinki, Suomi
É que são poucos os que se deslocam para fazer algo inútil. E ver algo crescer é absolutamente inútil. As pessoas, como se sabe, quando muito, deslocam-se para ver algo nascer ou morrer.
Gonçalo M. Tavares in "O Sr Eliot e as Conferências" 1ª Conferência
segunda-feira, 13 de julho de 2015
Crónicas de Viagem: Figueira da Foz
MAR PORTUGUEZ
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa
sábado, 11 de julho de 2015
Altiplano, Perú
FINITUD
Cuando el polvo
anide en telarañas
y mis ojos sin llanto
ya no brillen,
serás como las hojas secas
que lleve el viento
y
habitarás la noche fugaz
de mi recuerdo.
LIGIA
BALAREZO MEZONES
Istambul, a dança dos Dervixes
Vem,
Te direi em segredo
Aonde leva esta dança.
Vê como as partículas do ar
E os grãos de areia do deserto
Giram desnorteados.
Cada átomo
Feliz ou miserável,
Gira apaixonado
Em torno do sol.
RUMI (1207-1273)
Istambul, Sumo de Laranja e Romã
Istambul são as livrarias, os cafés históricos, os barcos, o
cheiro a peixe frito, o sumo de laranja e de romã, deliciosos petiscos, os
doces mais doces do que uma vida doce, o chá de maçã, as borras do café, a
literatura e a música, a água escura do Bósforo e os palácios e casas de
madeira nele espelhados.
Ela permanecerá indelével, na minha pele e sentidos, haverei
sempre de regressar, ou morrer por ela.
Rui Neves
Munhoz in “Istambul: uma cidade nostálgica” https://ruimunhoz.wordpress.com/2013/01/22/istambul/
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